Reflexões do Campo de Batalha
Eu sou contra qualquer tipo de classificação de pessoas. Acho que ser de alguma religião, nacionalidade, sexo ou sexualidade não implica em atitudes pré-determinadas. Claro que tudo isso influencia na opinião do cara, mas não determina sua personalidade. Pertencer a um grupo social não significa que todos desse grupo são iguais, agem igual... enfim, acho que essa parte vocês entenderam.
Por isso, mesmo admitindo que a sociedade cria um estereótipo masculino e um feminino, e que em algumas sociedades esses estereótipos são imensamente mais dispares que no Brasil, sou contra quando alguém diz que o que fulano fez, fez só por que é homem (ou mulher, mas neste texto vou focar o masculino). Frases como "todo homem é 'bagunceiro', 'infantil', 'machista', etc." não fazem parte das minhas verdades. Acho que existem pessoas bagunceiras, infantis e machistas, independente de qualquer que seja a sua formação (física e mental). Por exemplo tem um conhecido meu que tem 10 anos a mais que o meu irmão, mas parece que tem dez anos a menos e ainda sofre de crise existencial e síndrome de vitmismo. Síndrome de vitmismo é um termo que eu uso para descrever as pessoas que sempre se acham vítimas em todas as situações, que sempre tentam fazer o outro se sentir culpado, que fazem merdas, se arrependem e ficam choramingando pelos cantos, mas jamais pedem desculpas porque o outro é muito mais forte e opressor, e só por isso já é culpado. O egocentrismo é tamanho que até o presidente dos Estados Unidos é seu inimigo (como se ele tivesse algum amigo depois que Blair caiu fora).
Eu não entendo nada de psicologia, mas basta conviver com alguém assim para se surpreender com o baixíssimo nível de maturidade que pode atingir (bater portas, malhar coisas, reivindicar direitos que são comuns a todos, como se fosse apenas seus, mas não cumprir os deveres que também são comuns a todos por achar que merece algum privilégio, etc., etc., etc.). E não aceito desculpas de que "É homem, foi mimado a vida toda". Eu conheço homens que foram mimados a vida toda e que mesmo assim conseguiram atingir um certo nível de maturidade até chegar aos 30.
Para mim, há poucas coisas mais patéticas do que achar que o mundo te deve favores, independente do que você tenha passado na sua vida. Usando as palavras do amigo Padula, mas aqui em outro contexto "Cada um precisa saber o quão insignificante é e se colocar no seu lugar", parar de se lamentar e de achar que os outros fazem tudo baseando-se na sua infelicidade. Cada um é responsável por sua própria vida (pelo menos após os 18 anos isso é incontestável).
2 comments:
Estereotipar as pessoas é um dos recursos que mais se usa no humor, só que o humor preza pelo julgamento raso, superficial, e parece que os julgamentos sérios também ficam nessa profundidade - o que é bem triste.
E isso sobre reivindicar direitos mas não cumprir deveres é perfeito. A vida em sociedade é uma estrada em mão dupla, mas parece que fazem questão de fazer de conta que a faixa amarela no meio é branca.
Bem, eu mesma em momentos de humor faço estereótipo, mas quando o assunto é sério, já me vi tendo discussões sérias com pessoas que generalizam uma nação por causa de 1/2 dúzia.
E com certeza, tem gente que enxerga a faixa amarela, branca, e ainda por cima não respeita limites de velocidade, faz ultrapassagens perigosas, dão faróis altos. É é capaz de andar na contra-mão a vida toda reclamando de quem vem na direção oposta.
Post a Comment