Friday 30 March 2007

We are the Champions, my friends

Ontem foi realizada a colação de grau dos formandos pagantes da Cásper; sim, pagantes, pois os que compraram o "pacote" de formatura tiveram direito a beca e papel brilhante picado no Via Funchal, enquanto nós, os céticos, pobres e/ou rebeldes fomos presenteados com o estupendo Teatro Gazeta e, no lugar de confetes, uma mensagem já brega o sufuciente do nosso não tão querido coordenador. Nós não tivemos beca, mas houve uma formanda que apareceu só de camiseta (o quê? era um vestido?).

Longe de reclamar. Nós ouvimos um discurso xôxo mas rápido de um único professor, fizemos o tal juramento (naquela parte da ética todos cruzaram os dedos), assinamos a tal ata e fomos embora para o bar.

Já os pagantes vestiram a beca e enfrentaram o fraco ar condicionado do estabelecimento na Vila Olímpia. Famílias compareceram em peso (algumas literalmente) e número. E já que o evento é para elas, não podia deixar de ser brega. Até que bonito, mas brega. O valor foi compensado com a demora da cerimônia que era interrompida por um número musical sem propósito a cada 20 minutos. E ninguém adivinha qual foi a primeira música?

Os discursos... muito chatos. E olha que eu saí na metade do evento (precisava pegar o ônibus). Com exceção de um: o de um ex-colega de sala que realmete salvou a noite (pelo menos a parte da noite que eu presenciei). O discurso foi vibrante e pensei que ele realmente tem dom para animar públicos. E alguns outros de desanimar.

Foi justamente quando começou terceiro ou quarto número musical que eu resolvi que deveria me retirar.

Anyway, a noite valeu a pena. Revi alguns amigos, o discurso do meu colega agora publicitário foi emocionante e voltei para casa satisfeita, mesmo sem ter rolado nenhuma comemoração pós evento.

No time for loser. Parabéns aos formandos pagantes e aos não pagantes.

Tuesday 27 March 2007

Belíssimo


Outro dia estava pesquisando novamente sobre meu nome, na internet (isso foi antes de voltar a trabalhar, quando eu tinha tempo pra essas bobagens). Descobri que o meu nome é também o nome de uma comuna (uma espécie de vila, ou cidade bem pequena) italiana da região dos Marche (que é o mesmo que dizer Grande São Paulo, eu acho), província de Ancona (que é com se fosse um estado), com cerca de 1.455 habitantes. O vilarejo se estende por uma área de 10 km2 e tem uma densidade populacional de 146 habitantes por kilômetro quadrado (esquece o que falei sobre Grande São Paulo). Faz fronteira com Arcevia, Castelleone di Suasa, Ostra Vetere, Serra de' Conti (todas comunas).

Tá na lista de lugares que terei que visitar algum dia ainda em vida, se der.

Sunday 25 March 2007

O fim da picada

Hora do almoço. Sobrou um tempinho e aproveitei para ir ao banco. Agora veja só: inafortunadamente eu estava de bolsa e, claro, a porta travou. Mas a minha bolsa tem fivelas e dezenas de terecotecos de metal e mesmo que eu tirasse o guarda-chuva de dentro dela, a porta ia continuar travando. Então fiz aquela cara. O segurança da agência do HSBC da Berrini, muito bem-humorado, quis mostrar a eficiência do sistema e mostrando a arma que ele carregava presa ao uniforme passou pela porta.

Eu fiquei com cara de tacho, óbvio. O senhor engraçadinho, além de zombar e me deixar falando sozinha, me fez entender porque qualquer assaltante meia-boca consegue entrar em uma agência de um dos bancos mais elitizados do país.

Aliás, um banco ridículo que se respeitasse as normas teria um guarda-volumes que teria evitado essa situação contrangedora. Uma instituição que coloca qualquer despreparado como segurança e que de seguro não tem nada. Ironia? Dois dias antes uma agência do HSBC foi assaltada.

Absurdo. Simplesmente o fim da picada!

Monday 19 March 2007

Poupa tempo E estresse

Tenho que admitir: fiquei surpresa com o serviço prestado pelo Poupa Tempo, aqui em São Paulo. Uma beleza. Uma beleza mesmo, sem ironias. Sábado acordei preparada para enfrentar uma multidão de pessoas mal-humoradas, crianças chorando, fumantes fumando, enfim, de tudo um pouco. Quando cheguei no Poupa Tempo Luz, qual foi a minha surpresa? Tudo muito limpo e organizado, atendentes bem educados e prestativos, agilidade e praticidade. Nada parecido com um serviço público. Em cerca de 40 minutos, fui atendida, paguei a taxa numa micro agência da Nossa Caixa (dentro do Poupa Tempo), aguardei a minha senha ser chamada, imprimi minhas digitais em uma cartolina e desenhei a assinatura que agora está impressa na 2a via do meu RG.

Hoje fui buscar o documento. Agora ninguém mais vai criar problemas porque a foto não se parece comigo.

Friday 16 March 2007

Alívio Imediato

Ontem visitei minha conta corrente e descobri um saldo de apenas dois dígitos antes da vírgula.

Alerta vermelho. Alerta vermelho.

Horas depois, um fio de esperança.

- (Ao telefone) bb? blá-blá-blá entrevista amanhã?

Nem preciso responder, né.

No ponto de ônibus, alguém revoltado:

- Que demora. Esse transporte já foi melhor.

Entrevista às 14h. Almoço depois. Bem depois. Sai da empresa e São Pedro resolveu mandar água. Ao meu lado no ônibus um senhor revoltado pela falta de ar condicionado do veículo, e exalando um "leve" aroma de aguardente. A fome era tanta que quase fiquei bêbada. Passei no Shopping (a caminho de casa, louca para tirar os sapatos), e almoçei como gente grande. No ônibus, voltando para casa, só conseguia pensar nos meus pobres pés enquanto um senhor que acabara sofrer uma cirurgia dentária reclamava que pagara para sofrer (hoje é dia - estou com cara de ouvidoria pública)... O telefone tocou, ainda bem.

- bb? blá-blá-blá você foi selecionada para a vaga.

Meu Deus! No ônibus e eu não podia nem gritar. Quase contei ao velhinho do dente, mas não queria engatar uma conversa.

Ufa! Minha conta corrente agradece.

Perguntas Ordinárias

E não é que eu caminhei o dobro mesmo? Se bobear até o triplo. Andei tanto ontem que o pouco tempo que tive para escrever, simplesmente me joguei no sofá e não escrevi. Fui numa tal farmácia em que os remédios são bem mais baratos do que nas demais e que fica há uns três quilômetros da minha casa. Meu Deus, como andei.

A noite fui pra faculdade. Turma reunida para comprar os convites da formatura, experimentar beca e tudo mais. Depois, é claro, bar. Na Padoca (como carinhosamente chamamos a Lancheteria Mascote) nunca vi tanta gente do PPD reunida. A mesa passou de I a L e depois a U. Os assuntos variavam.

- E aí, emprego?
- Nada ainda. Procurando.
- Estou concorrendo a uma vaga em Nova Iorque.
- Meu, não acredito que não vai ter "Show Bar" nessa formatura.
- Como é o seu vestido?
- É simples. Prateado.
- Eu também estou querendo vijar para o exterior.
- E como vai o seu ex, lá na Austrália?
- ... Não sei.
- E como tá o fulano lá na Austrália?
- ...

As piores perguntas sempre são feitas mais de uma vez.

Wednesday 14 March 2007

Café Santo Antônio

Desde segunda-feira eu estabeleci nova rotina na minha vida: acordo cedo (na verdade, sou acordada, porque dei permissão para a minha roommate acender a luz e fazer bastante barulho antes de ir para o trabalho) coloco minha única roupa esportiva e vou para as ruas da cidade fazer a minha caminhada matinal. Volto me sentindo outra pessoa... uma pessoa saudável.

Mas hoje a minha rotina foi interrompida.
- Acorda.
- Vou caminhar mais tarde.
- Você pode levar a Mara ao hospital?

Bem, amanhã caminho o dobro (até parece!).

No hospital

Gengibre. Mas como uma recepção de hospital pode ter cheiro de gengibre? Como qualquer lugar no mundo, que não seja uma plantação de gengibre, pode cheira tanto a gengibre?

Sala de emergência, senha, atendimento, senha. Ela entrou no consultório e eu fui para a recepção da frente aguardar assistindo Bom Dia Brasil. Mas que merda de cheiro de gengibre!

- Vou esperar lá fora. Será que vai demorar? Preciso de um café. Preciso tanto de um café que se não tomar um vou acabar precisando de um cigarro também. Um hospital tão moderno e não tem uma sequer máquina de café na recepção? Odeio pagar pau pra americano, mas nos hospitais deles nunca falta café.

Fui comprar um café. E depois procurar a dita que não saia mais da sala de medicação. Novamente me senti em um seriado de tv, num drama especificamente, tendo que perguntar pela minha amiga ao recepcionista do P.S. Ainda bem que a vida é uma comédia.

Lição do dia:

6 bagas de cardamomo (uma planta originária da Índia)
10 colheres (sopa) de pó de café
1 colher (sopa) de gengibre em pó
1 colher (chá) de canela em pó
1/2 litro de água
3 colheres (sopa) de açúcar
raspas de casca de limão

Retire as sementes das bagas de cardamomo, triture-as no pilão e coloque no filtro para coar o café. Junte o pó de café, o gengibre e a canela. Em seguida, ferva 1/2 litro de água filtrada e despeje no coador. Adicione o açúcar e misture. Espalhe as raspas de casca de limão nas canecas, despeje o café e sirva a seguir.

Tuesday 13 March 2007

Faz bem ao ego

e-mail 1 - bb:
Caros, blá-blá-blá, conheçam meu blog!

e-mail 2 - irmão (11 meses mais velho, estudante de engenharia):
>Qual a intenção do Blogger?

e-mail 3 - bb (confusa e constrangida com a pergunta, achando que para o irmão isso é uma besteira só):
>>Escrever, expôr idéias... Eu sempre escrevi.. só que agora estou tornando públicos os meus textos... O que vc achou?

e-mail 4 - irmão (11 meses mais velho e com bem menos maldade no coração do que eu)
>>>Muito legal................................
Parabens, vc é ótima nisso!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Very nice

Fugindo da guerra, no sábado, minha amiga e eu fomos dar um passeio. A intenção era desfilar pelas exposições que sempre permeiam os centros culturais da av. Paulista. Primeira parada: Fiesp. Próxima exposição somente daqui a duas semanas.

Deixemos as exposições de lado, vamos ao cinema. Espaço Unibanco dá 50% de desconto para estudantes e correntistas. Passamos no Bob's para um milkshake de ovomaltine (que demorou 20 min.)pra ela e depois no McDonald´s para um Top Sundae de doce de leite(3 min.) pra mim. Chegamos ao local em cima da hora. Foram os cinco minutos necessários para comprar as entradas. Entramos. Dez minutos de filmes comerciais e mais 10 de traillers.

O filme: Borat
Impossível descrever. Cada cena que me lembro me faz rir, rir e rir. Ele não bateu nos americanos, não ofendeu, não cuspiu. Ou melhor, ele cuspiu pra cima e saiu bem rápido para ver onde a meleca cairia. E caiu no olho dos gringos. E os gringos gostaram.

Borat riu, riu e riu dos preconceitos mais vulgares dos americanos (e de muitas partes do mundo, também). E os americanos estão rindo com ele. O cara (sim, ele é O CARA) virou sensação, foi a todos os programas de auditório, talk shows, lotou o You Tube, está no Orkut, no My Space. Ele é o novo American Idol.

O que deveria ser polêmica virou piada. Não que isso seja ruim.

Monday 12 March 2007

Pérolas do campo de batalha


Eu moro com duas amigas e um amigo. Uma paulistana, uma sorocabana e, ele, equatoriano de... bem, não me lembro de qual cidade. Eu sou jundiaiense e a mais nova em idade e tempo de moradia na residência (e a única sem trabalho). Nos fins de semana, não é difícil imaginar, a casa (dois quartos, cozinha, banheiro, sala e lavanderia) fica um pouco movimentada e é um pouco difícil conseguir me concentrar em escrever. "Tudo bem", digo a mim mesma, "carpe diem e escreva na segunda".


Algumas vezes me sinto em um episódio de "Friends", tamanhas são as besteiras e absurdas as situações. Os desentendimentos vão desde lavar a louça até a lista de supermercados.


- Nós lavamos o que sujamos e ainda o que você suja.


- Meu, esse papel é muito caro...


- Mas eu limpei meu quarto no mês passado!


- Só você bebe coca-cola!


- Às vezes você é muito grossa, sabia?


- E você também.


E a coisa piora quando o há um ex-casal na casa. Não tem jeito: os civis sempre sofrem as conseqüências das batalhas (no mínimo).


- O que tem pra comer?


- Olha na geladeira, se vira.


- Não estava falando com você.


- Meu, esse programa é muito legal, né?


- É.


Mas, a gente se recupera. Nem tudo são espinhos. Também rimos bastante juntos e um do outro (a segunda parte mais). Há ainda momentos de compaixão com os doentes, com os pobres e, principalmente, com os mais lentos.

Friday 9 March 2007

Deus é jóia, o resto é bijouteria

Frustrante: você sai de casa bem no meio da tarde, crente que estará livre do trânsito e, mal passa o pedágio da Bandeirantes, entende-se à sua frente, a perder de vista, uma fila de automóveis com o desejo reprimido de entrar em São Paulo. Nesses momentos eu penso com alegria que estou em um ônibus com ar condicionado, vidros fumê e poltronas semi-leito - ah! e papel e caneta. Eu realmente não gostaria de estar dirigindo agora (mesmo que eu soubesse). Lá fora dá pra ver as ondas de calor sobre o asfalto, bem ao estilo "far west movie".


Ok. A alegria acabou quando o meu disc-man (pois é, eu ainda não aderi à onda mp3) acusou "low batt" e parou mesmo mediante insistentes tentativas - atitude que geralmente funciona (na primeira vez que o aparelho acusa) - e o meu estômago iniciou uma sequência aterrorizante de não-lembranças do meu não-almoço.

Gregos e romanos

Há tempos venho dizendo a mim mesma (e algumas pessoas concordam) que eu deveria fazer um blog. Não o fiz antes, não por falta de tempo (quanto tempo livre mais poderia querer uma recém-formada sem emprego?), mas acho que por fata de vontade mesmo. De inspiração, como dizem. Sabe aquele lance de "99% transpiração e 1% inspiração"? Pois é engraçado como esse 1% faz toda diferença.

O que importa, enfim, é que alcancei o dito cujo (ou quase) e, já que estou aqui, creio ser pertinente explicar o título do blog (embora tenha descoberto que ele pode ser alterado a qualquer momento, o que é maravilhoso e tentador).

Depois de uma pesquisa não muito profunda, mas interessante, sobre o meu nome, fiquei sabendo que ele é, em sua origem, o nome que os gregos e romanos davam àqueles que não eram nem gregos nem romanos. Só que em uma versão feminina, com acento e sem aquele sotaque do latin (no caso de Roma).

Até que o nome é pertinente no meu caso, já que não sou grega nem romana. Mas uma dúvida surgiu com essa pesquisa: se um grego fosse à Roma, ou um romano à Grécia, seria ele chamado por esse nome ou isso era válido apenas para os não-identificados?