Wednesday 25 April 2007

Os Homens São de Marte...E É Pra Lá Que Eu Vou!

Uma amiga ganhou convites para ver a peça "Os homens são de Marte... e é pra lá que eu vou!" e me convidou, porque afinal, ela também está solteira. É claro que eu não podia perder. Nem eu e nem as dezenas de solteiras que ocupavam mais da metade das poltronas do Teatro Procópio Ferreira. Afinal, existe um tema mais contemporâneo e indissolúvel do que a desesperada busca feminina pelo homem (e aqui eu ia dizer ideal, mas essa classificação já está fora de questão. Hoje em dia, qualquer classificação torna a coisa mais difícil. Algumas mulheres já desistiram até da básica - homem). O monólogo é dinâmico e seria trágico se não fosse cômico. É engraçado como as piores tragédias podem causar câimbras de tanto rir. Qualquer solteira poderia se identificar com pelo menos uma das situações que a personagem Fernanda, 35 anos, vive, por exemplo:

- O namoro de anos que poderia ter se transformado em casamento (com direito a nome para os filhos);
- Se ela não tivesse entrado em crise existencial e desperdiçado a chance;
- O namorado que foi pra Austrália (o que é que tem lá, afinal?);
- Aquela amiga que às vezes atrasa o seu lado (pior são os amigOs que atrasam o seu lado, mas adiantam o deles - homem acompanhado em balada faz o maior sucesso);
- Aquele cara bem cheio de grana no banco e merda na cabeça;
- Ouvir um "A gente se vê" (isso dá vontade de cometer homicídio - homem-cídio?)
- Problemas com estatura (gente, eu tenho 1,67m. De salto fico com quase 1,80. Sou mais alta que minhas amigas - menos a Katya - e andei percendo que os homens sempre chegam mais nas baixinhas. Onde estão os homens altos?. Estou renovando a minha sapateira seguindo a moda das rasteiras).
- Aquelas amigas, ou tias, ou a própria mãe, que ficam tentando empurrar qualquer pato. E num determinado momento você começa a topar.
- Aquele cara que é lindo, ótimo partido, gentil, modos elegantes, educado, fala suave, sensível... (já deu pra entender ou preciso ser mais clara? Ele é gay!).

E cada cara que a personagem arruma, você deseja que ela logo largue, porque é um pior que o outro. A cada fim de relacionamento ela volta a fumar, e a consumir desesperada,emte os seus florais (aqueles em gotinhas homeopáticas). E a cada fim de relacionamento dela, você torce pra que ela arrume alguém e se acerte, para que ainda haja alguma esperança para a vida real.

Eu é que não quero chegar aos 35 desse jeito. De preferência que isso se acerte antes dos 30.

De qualquer forma, vale muito a pena assistir. A atriz é ótima, e o figurino ma-ra-vi-lho-so (um único vestido que se transforma em quatro)!

SERVIÇO
Teatro Procópio Ferreira
R$ 40,00 (sexta e domingo) e R$ 50,00 (sábado)
De 14 de abril a 16 setembro.
Às sextas e sábados, às 21h30, e domingos, às 19h.

Tuesday 24 April 2007

Eu devia parar de ler noticiários

Olha, só: saiu no noticiário que mais uma agência do HSBC foi assaltada hoje. De novo na Zona Sul. Região em que eu trabalho, e mesma região onde sou obrigada a ir ao banco por que eles inventaram uma tal de conta salário que não permite realizar nenhum tipo de transação pela internet. Mesma região em há aquela agência em que euzinha não pude entrar por causa da minha bolsa cheia de terecotecos de metal, e onde ainda fui sacaneada pelo super-despreparado segurança. Sim, eu sou irônica a ponto de fazer a comparação entre os assaltos e a situação constrangedora e absurda a qual fui submetida e não enxergar isso de forma nenhum pouco irônica, mas muito preocupante: afinal que m. de segurança é essa??? Eu vou ter que ir nessa agência do HSBC, algumas vezes por mês me cagando de medo - ou porque não vou conseguir entrar (a minha cara é dar medo a qualquer segurança), ou por causa do assalto, ou pior... posso levar ovadas!

Friday 20 April 2007

Constantino para economia e Amora para educação

Sim, é do presidente da Gol que estou falando, e não é puxa-saquismo, não. Mas o cara (e o vice financeiro dele, mas como é americano, não pode se candidatar) entende de conter gastos. Idéia tão óbvia para arrumar a administração do Brasil, mas que nem passa pela mesma calçada que nossos governantes. Será que é porque Lula e Cia Ltda agora só andam de jatinho? Aí o Lula quer prorrogar a CPMF e a tal de DRU - meu!, existe uma medida legal que permite ao governo desviar recursos! - é por isso (também) que esse país não cresce. Ou melhor, cresce em violência e em ignorância. O nosso orgulho é termos analfabetos com diploma, e alguns que até entram na faculdade. É ter super-superávits econômicos e mega-déficits sociais. Afinal, os governantes sobem às bancadas e passam a olhar o país de cima, como se fôssemos números, códigos binários da Matrix que não precisam de verdade de nada, pois não existem. E os órgão mundiais são colaboradores deste sistema, pois para eles o que conta são os números: a pobreza diminuiu - que ótimo - mas foi graças a uma porrada de medidas assistencialistas imediatistas que, ao contrário de resolver o problema, apenas o adiam e fazem crescer o bolo. Mas o povo gosta, né. Gosta porque não entende a situação catastrófica de picaretagem política do país, ou porque tem a irritável mania de empurrar com a barriga? A minha revolta não é inédita. É que hoje eu li o noticiário on-line e novamente vi as mesmas notícias de putaria política e não coincidentemente as mesmas manchetes trágicas de todos os dias. Dá nos nervos, né?

É por isso que eu vou pra Inglaterra. Lá eles tem uma academia do sexo chamada Amora.

Thursday 19 April 2007

Duas coisas que não entendo

Duas (das) coisas que não entendo nas pessoas ao acordarem são o mau humor de algumas e quantidade de assunto de outras. O mau humor quando você dorme mal, tem pesadelo, é até compreensível... Mas todo dia? Justo quando você acorda, que é quando está mais descansado, ainda não enfrentou os pepinos do dia, etc., é que deveria não estar de mal humor (isso faria mais sentido ao final do dia, depois de todos aqueles nabos, abóboras e jacas que teve que resolver). E eu, que sou uma pessoa bem falante, mesmo assim não entendo pessoas que acordam com milhares de coisas pra falar? Onde e quando foi que elas arrumaram tanto assunto pra comentar assim que acordam? Até parece que sonharam com o noticiário.

Wednesday 18 April 2007

Velhos estranhos

As coisas mais inusitadas acontecem quando estamos distraídos.

No ponto de ônibus, um moço simpático e conversador perguntou se ali passava o "Vila Gumercindo". Eu acenei com a cabeça e disse "sim". Conversador, o moço engatou a conversar e falávamos sobre essa coisa de transportes e de uma maneira incrivelmente não chata e nem um pouco fora do contexto eu soube que o rapaz era médico formado (ou residente, talvez, não entendo muito como funciona)pela USP e que o jaleco branco que carregava era do Hospital das Clínicas. E ele a região em que trabalho e o bairro onde moro. E então, o meu ônibus chegou, e não servia para ele, então disse "já vou indo, este é o meu ônibus" e nos despedimos com beijinho no rosto, daquela forma quase automática que fazem os velhos conhecidos.

Tuesday 17 April 2007

A chave está embaixo do tapete

Outro dia, não me lembro quando, mas ainda vale, escrevi isso:
Tem gente que fica esperando a felicidade bater à porta. Eu estou saindo pra buscar a minha. Mas estou deixando um bilhete na com o n° do meu celular, pager e e-mail, e a chave embaixo do tapete. Assim, enquanto eu per-corro o caminho de volta pra casa, a tal felicidade pode entrar, pendurar seu casaco e tirar os sapatos, relaxar na hidromassagem e tomar uma das bebidas que sempre tenho de reserva no bar, enquanto ouve algumas das minhas coleções musicais armazenadas no meu mp3 de última geração. E antes que se dê conta do horário a minha felicidade, eu vou abrir a porta. E sorrir.

Friday 13 April 2007

Royal Straight Flush

Não tem aquelas situações da vida que parecem um jogo de cartas? Na verdade, eu prefiro pensar em um jogo de Pocker. É mais charmoso.

Por exemplo, tem aquele cara que fez algumas boas rodadas, mas foge quando é chamado pro all in. E ninguém sabe se ele tá segurando o jogo porque está descaramente blefando, ou porque tem medo de cair num blefe.

E aí, quem é que vai virar as carta na mesa?

Wednesday 11 April 2007

Criatividade é sexy

Ah, no desafio aí embaixo esqueci de colocar "criatividade" nos itens que me atraem no sexo oposto. Sabe, eu sei que o mar não tá pra peixe, e que quem exige muito encalha, mas será que é demais pedir que um cara pense em algo mais atraente do que "me da um beijo" pra dizer pra uma garota na balada? Pior que isso só chegar pegando. Aí a Garota diz que eu tô por fora, que o negócio não é conversa, é pegação. Peraê. E tava escrito na entrada que eu era obrigada a beijar qualquer mané que chegasse perto? Tá doido... Eu nem sei onde é que o cara andou enfiando a boca.

Tuesday 10 April 2007

Desafio da Garota


Então, tá, Garota. Eu topo o desafio que você mandou por tabela.

Sete coisas que eu faço bem:
Escrever (Ah, tá bom!); bolo de cenoura com cobertura de chocolate; molhos (quentes e frios); piadas (na verdade, comentários sarcásticos que fazem as pessoas rirem); reformar roupas; bijouterias; arrumar mala

Coisas que não faço e/ou não sei fazer
Contas de cabeça (e contas diferentes de +, -, x e :); chegar num cara; fritar ovo; paparicar marmanjo.

Coisas que me atraem no sexo oposto
Ser do sexo e da sexualidade oposta; senso de humor apurado; cavalheirismo; cabeça de homem e (um leve) jeito de menino; estatura maior que a minha.

Coisas que não suporto no sexo oposto
Vaidade exagerada (em todos os sentidos mesmo, Garota); manezisse (ser mané: vacilão, panguão); atraso; indecisão.

Coisas que digo frequentemente
Vai se ferrá (ou o sinônimo), mas é mané mesmo, né (?), meu, tenho que escrever isso.

Atores/Atrizes que admiro
ãhn... a lista é muito longa, então vou dar só uma palhinha: Johnny Depp, Jack Nicholson (sim, forever), Rodrigo Santoro, Daniel de Oliveira, Pedro Cardoso, Rodrido Oliveira (meu amigo), Nicole Kidman, Maryl Streep, Fernanda Torres, Andréa Beltrão (chega?).

Cantores/bandas legais
Jamie Cullum, Norah Jones, Lily Allen, O Teatro Mágico, Paralamas do Sucesso, Marisa Monte, Elis Regina, Belchior, Franz Ferdinand, Beatles, Bon Jovi (a lista também é longa...)

Filmes favoritos
Moulin Rouge, O Gabinete do Dr Caligari, Piratas do Caribe (1 e 2), O Auto da Compadecida, Lisbela e o prisioneiro, Olga, Sherek (1 e 2), Memórias de uma Gueixa, A Era do Gelo (1 e 2), (ai... olha, a lista é looonga).

Livros Favoritos
Até hoje nada bateu a série Os Karas, de Pedro Bandeira, Capitães da Areia, de Jorge Amado e 1984, de George Orwell.

Lugares favoritos
Av. Paulista
Vila Madalena
A Cachoeira do Sol (used to be, quando não tinha os turistas malas)
A Europa que eu ainda vou conhecer

Acabou? Então é isso: A Jeca Urbana lançou o desafio para a Vicky, então a Garota aproveitou para me desafiar também.

Thursday 5 April 2007

Ou muda pra melhor ou não muda

E eu adoro o Bilhete Único, né. Acho que foi a coisa mais inteligente que fizeram em São Paulo. Aquele tipo de coisa que faz tanta diferença que eu, por exemplo, não saberia mais viver sem.

Mas aí a prefeitura de Jundiaí quis fazer um "bilhete" também. Pra não dizer que era cópia do governo da Marta, a prefeitura da cidade, que desde que eu me lebre nunca foi governada por PT, fez o bilhete somente para estudantes. O negócio conseguiu ser infinitamente pior que os passes de papel (aqueles que as pessoas da minha geração usavam para ir ao colégio). Tem hora marcada para usar.

É mais ou menos assim: o cara que estuda de manhã só pode usar o bilhete das 6h às 8h e das 12h às 14h. Se o amigo se atrasar, passar mal, tiver que ficar estudando fora do horário letivo (coisas do tipo ficar fazendo trabalho em grupo), vai pagar inteira em dinheiro. Ah! E existe um valor máximo de créditos que você pode colocar por mês.

Tudo isso para evitar que os estudantes usem de maneira indiscriminada a meia passagem.

Se era para manter o pensamento arcaico, por que não mantiveram o passe de papel?

Wednesday 4 April 2007

Granja ambulante

Eu sempre fui daquelas bem desencanadas sobre essa coisa da violência em São Paulo. Por incontáveis vezes andei pela rua de madrugada voltando de balada, algumas acompanhada, outras apenas com meus pensamentos (e outras me concentrando para andar em linha reta). Até que um dia...

Um dia, ou melhor, uma madrugada comum de uma sexta-feira comum algo nada comum aconteceu.

Estava em uma balada (essas do naipe alternativo) com duas amigas e um amigo. Bem, na verdade uma das minhas amigas já havia sumido há algum tempo (essa ainda é a parte comum da história) e quando recebemos a mensagem "Vazei,sorry" pelo celular, resolvemos sair da balada que já não estava tão boa e comer alguma coisa. Então, "vamos ao Habib's " que é pertinho, só subir a Augusta. E subimos, e fomos ao Habib's, passando por um único incoveniente no caminho. Na verdade, dois. Dois carros que desceram a Augusta a toda, fazendo a caridade às 4h da madruda de arremessar ovos em todos os transeuntes (que apesar do horário não são poucos, quem conhece a região, sabe).

Ovos! O-v-o-s-! Dá pra acreditar? Um acertou a perna da minha amiga e outro pegou bem perto do meu olho direito. Você já tomou uma ovada com toda a força? Dói pra caraleo. Sem contar os pequenos cortes que ficaram, parecia que tinha ralado o rosto.

Isso foi há alguns meses, mas até hoje fico pasma com o que aconteceu. O que tem na cabeça um grupo de indivíduos que vai ao supermercado às 4h da manhã com a única intenção de comprar ovos para atirá-los nas pessoas? Eu já vi muita gente bêbada e nenhuma conseguiu ser tão patética.

Agora, quando lembramos da situação até rimos. Mas na hora fiquei tão surpresa, pasma, que nem consegui sentir raiva.

A maioria das pessoas são precavidas por já terem sido assaltadas, eu sou menos desencanada hoje por ter levado ovadas.

Tuesday 3 April 2007

Criatividade paulistana

Uma coisa que gosto em São Paulo é a criatividade. E ela às vezes é tanta que chega a ser irônica. Irônica como a Ponte Orca. Um veículo menor que um micro-ônibus em que cujas poltronas os meus médios 1,62m ficam sufocados de tão apertados. Eu fico imaginando como alguém com 1,90, por exemplo, sofreria durante os cerca de 20 minutos que demora (sem trânsito) para percorrer o caminho do Metrô Vila Madalena até a estação de trem Cidade Universitária, uma vez que é proibido ir em pé. Deveria haver um aviso na porta: não é aconselhado o embarque de pessoas com mais de 1,68m de altura, mulheres grávidas ou pessoas acima do peso - Ver tabela do IMC (Índide de massa corpórea) no verso da senha.

Coisas da vida

Sabe? Às vezes eu paro pra pensar um pouco na minha vida, nas coisas que aprendi até aqui. Acho que todo mundo faz isso. Bem, entre tantas coisas, uma eu aprendi em larga escala. Aquele tipo de coisa que a vida quer te ensinar uma vez, você ignora, ela tenta a segunda, você ignora... aí ela joga algumas bombas pra ver se você acorda. Não fazer planos com alguém, não esperar demais das pessoas (na verdade, não esperar nada das pessoas), não confiar de mais nos sentimentos de alguém e desconfiar principalmente do meu. Tudo isso é a mesma coisa, em termos diferentes. Tudo isso pra evitar aquela coisinha chata, doída e egoísta que sentimos quando percebemos que não somos insubstituíveis, indispensáveis: decepção.

Monday 2 April 2007

We are the friends, my champions!

Aí, sexta-feira foi a festa. A festa de formatura. A decoração era horrível, a última banda a tocar também, mas nada disso ofusca a "alegria desproporcional" (como diria uma amiga) de celebrar com os amigos. "Bêbados de alegria", como diria outra amiga (sim, alguns bêbados de álcool, também).

Todos rindo, se abraçando. Aquela vontade de que a noite dure muito mais que uma noite para podermos ver aqueles amigos tão queridos um pouco mais. Por que sabemos que um reencontro com muitos deles será raro.

Sim! Estou sentimental! Sou do tipo super apegada aos amigos. Super apegada!

Mas, então, a festa. Amigos, amigos de amigos, affairs declarados e affairs escondidos. Eu que sempre fugi das câmeras e que não apareço em uma única foto da turma no primeiro ano, nesta festa não podia ver uma galera fazendo pose que logo ia me metendo "também quero!". Nem mesmo a frustração de ter esquecido as lentes de contato, me inibiu de compensar o anti-socialismo do primeiro ano.

Quem me viu, quem me vê. E se quem me vê agora não gosta mais, saiba que a responsável por tudo isso foi a faculdade. É impossível passar pela faculdade sem uma transformação, mínima que seja (mas, normalmemte não é).

Pois, é... Decoração, banda, batidinhas de leite condensado? Quem é que precisa disso quando se tem amigos divertidos? Sou a favor de estabelecer essa data como a data oficial do nosso encontro anual. E sou a favor que esse encontro seja na "padoka" por uns cinco anos, depois mude para o Bar Brahma, para ver as últimas apresentações de Demônios da Garoa. Aí, então, como nos velhos tempos.